Embora as duas gestões sejam comumente confundidas por estarem diretamente interligadas, há diferenças significativas que precisam ser compreendidas para buscar a eficiência no resultado.
A principal diferença é que o projeto é temporário e a operação é contínua.
O projeto tem a característica de ser único, ou seja, a sua execução vai resultar na criação de um novo produto ou serviço com características específicas. Enquanto a operação envolve uma sequência de ações rotineiras e padronizadas pela qual a empresa funciona.
Características da Gestão de Operacional:
– Contínua e rotineira;
– Resultados constantes e padronizados;
– Duradoura e replicável;
– Modelo pela qual a organização trabalha;
Características da Gestão de Projetos:
– Escopo e recursos definidos;
– Temporário e único;
– Tem início, meio e fim;
– Objetivos e resultados únicos;
– Desenvolvimento progressivo (Linha de Tempo);
– Diretamente conectado com a operação;
Depois de entendermos melhor as diferenças entre esses dois conceitos, podemos expandir nossa reflexão para o tipo de operação mais adequada e apropriada ao negócio principal da empresa.
Empresas que tenham em seu “core business” produção seriada, necessariamente exigirá uma estrutura operacional com características e requisitos adequados, proporcionando a correta fluidez dos processos e procedimentos. O raciocínio oposto também vale e é correto para o segmento de bens de capital.
Em minha carreira profissional, tive a oportunidade de gerir projetos, dentro de empresas com a estrutura operacional quase que 100% voltada para a produção seriada e as dificuldades e ruídos são enormes. No final a energia gasta é muito maior, impactando cronogramas, custos e principalmente qualidade.
Essa dificuldade acabou sendo a inspiração para aproveitar uma oportunidade ocorrida e aceitar o desafio de desenvolver uma estrutura operacional voltada aos requisitos e necessidade no segmento de bens de capital.
Posso garantir que há muita sinergia e várias atividades são rigorosamente as mesmas, mas também há muitos detalhes que podem fazer a diferença entre o sucesso garantido e o famoso “morrer na praia”.
Tenho presenciado grandes corporações no segmento de bens de capital, completamente desfiguradas e à deriva, tentando sobreviver com estruturas operacionais inapropriadas ao produto principal, chegando algumas vezes caminhar na direção oposta à necessidade, devido à falta de percepção de gestores, que na maioria das vezes não possui raízes nem fundamentos no “business” que comanda.
Estrutura operacional orientada para os atributos do “core business” principal é o alicerce de uma organização em busca de resultado, pois permitirá otimização de custo, flexibilidade e principalmente velocidade. Além de ser a maneira mais fácil para motivar e direcionar as equipes com bastante clareza.
Faça uma reflexão!!!
Antonio Molina
Co-fundador da LAECAM